O Guarany de Sobral só teria motivos para sorrir, se o Campeonato Cearense fosse disputada em pontos corridos. Líder geral dos 1ª e 2ª turnos, o Cacique do Vale uniu grande investimento do empresariado sobralense ao apoio maciço do torcedor para explicar o sucesso...
Segundo o presidente do clube, Luizinho Torquato, o Guarany de Sobral recebe só de patrocínio quase R$ 100 mil. Número que poderia ser alto, se as despesas do clube não chegassem a cerca de R$ 140 mil. Com uma diferença indigesta, o clube depende da força do torcedor para pagar as contas no final do mês.
"Campeonato Cearense não é deficitário, mas também não é lucrativo", diz
A afirmação é do próprio presidente do Guarany, que equilibra as despesas do clube com a presença do torcedor no estádio do Junco. "Nós temos uma média de 3500 pessoas no estádio do Junco. É uma média muito boa para equipes do interior, mas ainda pode melhorar. Por isso que somos a terceira força do futebol cearense", diz.
A presença do torcedor reflete o bom momento vivido pelo Bugre Sobralense, mas para Luizinho esse bom momento é fruto do investimento. "Sempre montamos um time para chegar as finais para que a renda da bilheteria traga o retorno", diz. A contribuição do torcedor no Junco representa 40% da verba destinada quitar as despesas mensais.
Ajuda a times do interior não dura "o ano todo"
Investir na formação de novos atletas é um sonho do Guarany de Sobral, mas a realidade do clube é outra. "Nenhum clube do interior, com exceção do Icasa, que tem um calendário anual, tem condição de montar uma categoria de base forte", diz. De acordo com Luizinho, a dificuldade se dá pela falta de patrocínio durante o ano.
"Não temos ajuda o ano todo. Ceará tem de 15 a 20 mil sócio-torcedores, o Fortaleza de 4 a 5 mil contribuindo mês a mês. Para manter um atleta da base a gente precisa investir na alimentação, alojamento, assistência médica e
escolar para poder colher os frutos no futuro", diz.
Torquato alfineta Federação Cearense
Para o dirigente, a Federação Cearense de Futebol (FCF) poderia se mobilizar e buscar patrocinadores. "As federações poderiam buscar incentivo financeiro no mercado, trazer patrocinadores para a federação", comenta.
Segundo Torquato, há uma inversão das contribuições. "A federação não pode se sustentar pelos clubes. A CBF remete R$ 40 mil por mês para a Federação. Os clubes pagam 8% de cada arrecadação no estadual. No Campeonato Brasileiro, os clubes pagam 5% da arrecadação", diz.
Fonte: Verdes Mares
Nenhum comentário:
Postar um comentário